Após tomarmos o pequeno-almoço na pousada da juventude, montamos os alforges nas bicicletas e dirigimo-nos para a praça do mercado, no centro histórico da cidade, para ai iniciarmos a etapa do dia.Sendo a LF1 uma ciclovia que não termina em Brugge, tivemos que sair fora da cidade para apanhar a ligação correcta LF1a (Sul/Norte), na direcção de Damme. Pedalamos a bom ritmo e sempre paralelo ao canal de Brugge e não fossem as indicações, nem nos apercebíamos que já tínhamos cruzado a fronteira da Holanda em Sluis. Em trilhos de terra batida, bordejamos extensas áreas de cultivo e rumamos a norte passando por Retranchement e Cadzand até atingirmos as extensas praias da costa de Zeeland. Chegados a Breskens fizemos a travessia em ferry para a cidade de Vlissingen (3,4€ passageiro+bike). O curioso da travessia é que o ferry apenas transporta passageiros e bicicletas, revelando bem a importância da bicicleta na cultura deste país.
Vlissingen, merece que percamos algum tempo a visita-la, mas nós apenas tivemos oportunidade de circundar alguns dos canais.
Em toda a sua extensão a ciclovia do Mar do Norte está bem marcada, no entanto e com tanta sinalização vertical existente para bicicletas, por vezes, nas maiores cidades, uma pequena distracção é suficiente para nos enganarmos tornando difícil a procura da via de saída.
Seguimos as indicações para Middelburg, pedalando junto ao Kanaal Door. Subitamente fomos surpreendidos com uma paragem forçada. A ponte teve que rodar para permitir a passagem de embarcações de recreio no canal. Estas situações sucedem-se com frequência e o tempo de espera depende muito do tráfego marítimo existente.
Almoçamos na pitoresca vila de Veere e o termómetro marcava 24º. Nada de especial para quem habitualmente se encontra num país do sul da Europa. Aqui por estas latitudes, este calor nesta altura do ano não é normal, e conversando com alguns locais, apercebo-me do seu agrado, mas também da sua preocupação… global warming sir!
Oosterscheldekering é uma obra de engenharia notável. Concluída em 1986 e com uma extensão de 4 km de comportas, esta construção forma uma imponente barreira ao mar, tendo por objectivo, proteger grande parte da Holanda da subida do nível das águas do mar do norte, conseguindo regular os caudais dos canais do país.
Atravessando para Norte, chegamos à região de Schouwen-Duiveland. Pedalamos numa zona muita agradável do parque natural das dunas de Westenschouwen e Vroongronden, em trilhos estreitos e arenosos.
Os festivais de música já começaram, e por esse motivo fomos obrigados a desviar-nos do percurso original, porque o centro de Renesse estava interdito. Nos últimos quilómetros, rolamos na parte superior do dique com vista privilegiada para o mar interior de Grevelingen.
Com praticamente 120 km e sete horas em cima das bicicletas, aproximamo-nos do centro da vila de Ouddorp onde terminamos a etapa deste dia. Ficamos alojados no hotel Akershock (29€ por pessoa, PA incluído).
Links relacionados:
http://www.vvvzeeland.nl/
http://www.brugge.be/
http://www.veolia-transport.nl/
http://www.visitmiddelburg.nl/
http://www.neeltjejans.nl/
http://www.hotelakershoek.nl/
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